Cães de Chernobyl apresentam mutações genéticas chocantes
A cidade de Chernobyl, na Ucrânia, foi palco do maior acidente nuclear da história, quando o reator 4 da usina nuclear que ficava na região explodiu, no dia 26 de abril de 1986. Até hoje, existem “restos” radioativos na cidade, que tornariam ela – em teoria – inabitável. Mas, acredite se quiser, existem cães vivendo em Chernobyl.
Cachorros abandonados vivem na Zona de Exclusão de Chernobyl, região marcada por construções abandonadas e resquícios radioativos. O cientista Norman J. Kleiman pesquisou as duas populações distintas de cães que vivem na região e publicou o levantamento no periódico Canine Medicine and Genetics.
Muitos desses cães que vivem por lá foram abandonados por seus tutores, que fugiram rapidamente da região por causa de problemas com a radiação. Os animais normalmente sobrevivem de restos deixados por trabalhadores e visitantes e alguns deles formaram bandos para se protegerem.
Mas é claro que viver em Chernobyl teria alguma consequência para esses animais. Pesquisadores da Universidade Estadual de Nova York estudaram o DNA dessas populações e “identificaram 381 regiões atípicas, potencialmente relacionadas à capacidade de reparar danos genéticos causados pela radiação e outros fatores ambientais”, conta matéria da exame. Por enquanto, não se sabe se essas alterações genéticas foram causadas por causa da exposição à radiação.
“Como ‘espécie sentinela”‘, eles podem oferecer insights sobre como humanos reagiriam em condições semelhantes, considerando os desafios adicionais da região, como metais tóxicos, produtos químicos e infraestrutura degradada”, declara a exame.
Ainda existem pessoas vivendo em Chernobyl?
Até hoje, pouco mais de 130 pessoas vivem de forma ilegal na Zona de Exclusão de Chernobyl. Conhecidas como “Samosely”, essas pessoas se recusaram a deixar a área após o desastre por não terem se adaptado bem aos assentamentos do governo.
Fonte: exame, Brasil Escola e Gizmodo – UOL.
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