Estes utensílios de cozinha podem estar te envenenando

Normalmente, nossa preocupação na cozinha (e com razão) é em manter os alimentos e as mãos limpas, garantir que nada esteja estragado ou contaminado. Mas você já parou para pensar que o perigo pode estar nos seus utensílios de cozinha? E nós nem estamos falando de problemas na limpeza desses itens.

Segundo pesquisas recentes, utensílios de plástico na cor preta podem liberar substâncias danosas, incluindo produtos tóxicos e cancerígenos, na nossa comida. A conclusão veio de um estudo conduzido por pesquisadores da organização Toxic-Free Future, dos EUA, e da Universidade Vrije, dos Países Baixos, publicado este ano na Chemosphere.

Os pesquisadores analisaram a composição química de 203 produtos de uso doméstico, procurando dois tipos de substâncias retardantes de chamas: bromados (BRFs), organofosforados (OPRFs), e outros polímeros plásticos. 85% dos produtos analisados contavam com alguma dessas substâncias.

Estes químicos normalmente são usados para conter o fogo em casos de curto-circuito, incêndio e explosão. A exposição prolongada a essas substâncias pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, disfunções hormonais e até de câncer.

Composto de televisões e eletrônicos foi reciclado em utensílios de cozinha

O composto éter decabromodifenílico (decaBDE) foi detectado em 70% dos itens analisados. Ele foi proibido há mais de 20 anos pelos países que assinaram a Convenção de Estocolmo – o Brasil foi um deles. O composto foi considerado um “poluente orgânico persistente” e é especialmente perigoso para fetos e crianças.

O decaBDE foi usado em invólucros de eletrônicos há décadas, mas como ele foi parar em novos utensílios? Através da reciclagem. “Apesar de ser crítico que desenvolvamos abordagens sustentáveis ao lidar com o nosso fluxo de lixo plástico, temos que tomar algum cuidado e garantir que não estejamos contribuindo para exposições adicionais a estes químicos perigosos em materiais recicláveis”, declarou Heather Stapleton, professora da Universidade Duke, em comunicado à imprensa.

Fonte: BBC Science Focus e VivaBem – UOL.

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