Os vikings foram um povo retratados na cultura popular como guerreiros ferozes, loiros e de olhos azuis, que navegavam pelos mares em busca de saques. No entanto, novas pesquisas científicas revelaram que essa imagem está longe da realidade.
Estudos recentes sobre a ascendência genética dos vikings mostraram uma diversidade étnica surpreendente entre esses famosos guerreiros do norte da Europa.
A pesquisa, que envolveu a análise de restos humanos de mais de 80 sítios arqueológicos, revelou que os genes dos vikings provinham de várias regiões, incluindo o sul da Europa e a Ásia. Isso desmistifica a ideia de que os vikings eram um grupo homogêneo de escandinavos loiros.
Como a pesquisa genética foi realizada?
A pesquisa sobre a genética dos vikings foi conduzida por uma equipe de cientistas que sequenciaram os genomas de 442 indivíduos da era viking.
Os restos mortais, incluindo dentes e ossos temporais, foram fundamentais para a extração do DNA. Esses materiais genéticos foram comparados com sequências de DNA de mais de 1.000 indivíduos antigos e cerca de 4.000 humanos modernos.
O estudo, liderado pelo geneticista evolutivo Eske Willerslev, demonstrou que a identidade viking não estava ligada a uma origem genética específica. Em vez disso, ser viking era mais uma questão de identidade social e estilo de vida.
Os resultados mostraram que havia uma grande miscigenação entre os vikings e outros povos, o que resultou em uma variedade de aparências físicas e culturais.
Qual era a verdadeira identidade dos vikings?
A pesquisa revelou que a identidade viking não estava necessariamente relacionada à etnicidade escandinava. De fato, muitos vikings não possuíam genes escandinavos.
Os vikings estabeleceram rotas comerciais que se estendiam do Canadá ao Afeganistão, o que facilitou a troca cultural e genética com diversos povos.
Além disso, o estudo mostrou que diferentes grupos vikings tinham destinos distintos. Os dinamarqueses, por exemplo, se dirigiram principalmente para a Inglaterra, enquanto os noruegueses foram para a Irlanda, Islândia e Groenlândia. Já os suecos exploraram o Mar Báltico.
O que as novas descobertas significam para a história e identidade dos vikings?
As descobertas sobre a diversidade genética dos vikings têm implicações significativas para a compreensão da história e identidade desse povo. A pesquisa desafia a visão tradicional dos vikings como um grupo homogêneo e destaca a importância de considerar a diversidade cultural e genética na análise histórica.
O trabalho dos geneticistas evolutivos não apenas muda a percepção sobre os vikings, mas também levanta questões sobre identidade e pertencimento.
Ao entender que a identidade viking era mais social do que genética, abre-se espaço para debates sobre como as identidades culturais são formadas e como elas evoluem ao longo do tempo.