Capturada pelas lentes do fotógrafo Rafael Mesquita, que é responsável por uma série de registros espetaculares do nosso litoral brasileiro, desta vez, ele encontrou uma água-viva gigante e as imagens deixaram os internautas vidrados. Ele conseguiu encontrá-la na Ilha do Montão de Trigo, no limite entre São Sebastião (SP) e Bertioga (SP), sendo possível ver seu tamanho de aproximadamente 60 cm de diâmetro e seus enormes tentáculos, que chegam até 10 metros.
Nas imagens, também se nota vários peixes que nadam ao redor dessa espécie de água-viva. Em uma entrevista ao G1, Mesquita explicou como foi que encontrou ela: “Nessa hora [do momento do registro], eu tinha acabado de chegar no Montão, estava preparando para ancorar o barco. Aí eu vi algo se mexendo, a pouco mais de 1 metro de profundidade, e achei que fosse uma tartaruga, mas ela não nadava, então resolvi ver”.
Água-viva rara no litoral paulista
Considerada rara, conquistou a marca de maior espécie de água-viva encontrada no nosso território. De acordo com estudos científicos, os primeiros registros mostram que foi vista pela primeira vez em 1857 e existem apenas 63 confirmações de terem visto o animal na história.
Cientificamente, seu nome é Drymonema gorgo e pode atingir um metro de diâmetro e seus tentáculos podem ultrapassar os 10 metros. Embora seja menor que a Cyanea capillata e a Nomura’s jellyfish, sua descoberta no Brasil chamou a atenção para a diversidade da vida marinha em nossas costas.
Por que as águas-vivas crescem tanto?
Existem fatores importantes por trás desse crescimento, como a abundância de alimentos. Em regiões com alta concentração de plâncton, as águas-vivas podem encontrar alimento em abundância, o que favorece seu crescimento. Muitas das maiores espécies de águas-vivas são encontradas em águas frias, onde a viscosidade da água é maior, facilitando a sustentação de organismos de grande porte.