Coreia do Sul paga para jovens saírem de casa; entenda o motivo

Pais, mães e responsáveis por adolescentes provavelmente já pensaram alguma vez no dia: “nossa, mas será que esse menino/a não vai sair nunca desse quarto?”. Pois é, parece que o governo da Coreia do Sul já pensou algo do tipo, já que existe um incentivo governamental para que jovens mais reclusos saiam de suas casas.

É isso aí. Pessoas de famílias de baixa renda na faixa de idade entre nove e 24 anos podem receber até 650 mil won (cerca de R$ 2,4 mil) como ajuda de custo mensal. Eles ainda podem solicitar subsídios para vários serviços, como saúde, aconselhamento e atividades culturais.

O Ministério da Igualdade de Gênero e Família da Coreia do Sul explica que esses incentivos têm o objetivo de “permitir que jovens reclusos recuperem suas vidas diárias e se reintegrem à sociedade”.

Para Kim Hye Won, diretora-chefe do PIE for Youth, organização que oferece programas para esses jovens reclusos, acredita que esses subsídios podem ser um primeiro passo, mas estão longe de solucionarem o problema sozinho. “O próximo passo deve ser preparar programas nacionais gratuitos e de alta qualidade para jovens reclusos. No momento, há um número muito limitado de programas e centros onde jovens reclusos podem participar e sentir que pertencem à sociedade”, explicou a diretora.

Existem cerca de 340 mil jovens reclusos na Coreia do Sul

E como o governo define esses jovens reclusos? “Adolescentes que vivem em um espaço confinado por um longo período de tempo, isolados do mundo exterior e têm dificuldade significativa em levar uma vida normal.” De acordo com o Instituto Coreano de Saúde e Assuntos Sociais, 3% das pessoas entre 19 e 39 anos no país são consideradas solitárias ou isoladas – cerca de 340 mil pessoas.

Uma das principais preocupações do país em relação a esses jovens isolados é o declínio da produtividade no país. A Coreia do Sul tem a taxa de fertilidade mais baixa do mundo no momento.

Fonte: BBC.

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