Mulher morre em clínica após realizar procedimento estético não autorizado pela Anvisa

Nos últimos meses, várias clínicas de estética estamparam os jornais com notícias sobre procedimentos que deram errado, nas quais muitas das vezes, os profissionais não eram autorizados a aplicar certos produtos químicos nos clientes. Mais uma morte ocorreu no país e desta vez foi em Goiânia, em um clínica no Parque Lozandes, onde Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro, de 44 anos, recebeu uma aplicação que não era autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com a Polícia Civil e faleceu em decorrência do procedimento. 

O produto foi aplicado no rosto de Danielle que veio à óbito no dia 1° de dezembro, após receber uma aplicação de hialuronidase. De acordo com a investigação, liderada pela delegada Débora Melo, o procedimento era um tipo de enzima, produzida de forma manipulada, usado para corrigir procedimentos feitos com ácido hialurônico.

Entenda melhor o caso que ocorreu na clínica em Goiânia

Em uma entrevista ao G1, a delegada explicou um pouco sobre o caso: “[A hialuronidase] é uma substância que serve para retirar um preenchimento anterior. É um produto manipulado que foi utilizado na paciente que morreu e isso é contra as determinações da Anvisa”. A servidora pública passou pelo procedimento na manhã do sábado (30/11), onde recebeu o produto na região embaixo dos olhos. 

Ela sofreu um choque anafilático e teve uma parada cardiorrespiratória no local. Quando passou mal, foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), mas teve morte cerebral no dia seguinte, informou a PC.

Com a investigação, a delegada Débora Melo afirmou que a clínica não tinha os equipamentos básicos de atendimento em casos de uma reação alérgica grave, por exemplo: “Para o caso de uma parada cardiorrespiratória é necessário que haja um desfibrilador e não havia um desfibrilador normal. Trabalhamos com esses eventos adversos na área da estética, e esse caso nos mostra que até mesmo os procedimentos mais simples trazem esse risco tremendo”, acrescentou. 

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