O peixe-remo, que costuma viver em águas profundas, foi avistado mais uma vez nas margens de Encinitas, na Califórnia, Estados Unidos. Conhecido popularmente por “peixe do juízo final”, ele tem essa fama de ser prenúncio de más notícias e, por viver longe dos humanos, suas aparições na superfície são eventos incomuns. Essa raridade, combinada com a aparência peculiar do animal, despertou a imaginação popular e levou à criação de mitos e lendas.
Essa é a terceira vez que essa espécie é encontrada morta nos últimos três meses, e apenas a 22ª no último século. Esse peixe-remo tinha 2,7 metros e foi encontrado nas margens de Grandview Beach em 6 de novembro por Alison Laferrier, do Instituto de Oceanografia Scripps, da Universidade da Califórnia em San Diego.
“Coletamos amostras e congelamos o espécime, aguardando estudo adicional e preservação final na Coleção de Vertebrados Marinhos”, explicou Ben Frable, gerente da Coleção de Vertebrados Marinhos da Scripps, na publicação.
Porque o peixe-remo é chamado de peixe do juízo final?
Em algumas culturas, a aparição do peixe-remo é associada a terremotos, tsunamis e outros desastres naturais. Essa crença se baseia em observações históricas que, em alguns casos, coincidiram com a ocorrência de eventos sísmicos. No entanto, não há evidências científicas que comprovem essa relação.
O peixe-remo vive em águas profundas, onde a luz do sol não chega. Ele se alimenta de plâncton e pequenos peixes. A associação entre o peixe-remo e desastres naturais é mais uma lenda do que uma realidade. A aparição do animal na superfície pode estar relacionada a diversos fatores, como correntes marinhas, doenças, perturbações no ecossistema ou até mesmo morte natural.