O quiabo é um vegetal de grande importância na cultura afro-brasileira, especialmente dentro das práticas religiosas e culinárias dos terreiros de candomblé.
Este vegetal, além de ser um alimento, é considerado sagrado e utilizado em oferendas a diversos Orixás. Sua presença na mesa dos adeptos à religião não é apenas uma questão de sabor, mas também de espiritualidade e tradição.
O conhecido provérbio africano “quem como quiabo, não pega feitiço” simboliza a proteção espiritual e a resistência cultural.
Além de seus usos espirituais, o quiabo, com sua textura única e propriedades nutricionais, também é reconhecido por seus benefícios à saúde, como auxiliar no sistema digestivo e na beleza dos cabelos.
Quais são os benefícios nutricionais do quiabo?
O quiabo é uma fonte rica de nutrientes essenciais que promovem a saúde de diversas maneiras. Contém antioxidantes que combatem os radicais livres, ajudando a prevenir doenças crônicas, incluindo o câncer.
A vitamina C presente no quiabo é fundamental para o fortalecimento do sistema imunológico, enquanto a vitamina A contribui para a saúde ocular e da pele. Além disso, o quiabo é uma excelente fonte de potássio, que auxilia na regulação da pressão arterial ao equilibrar os níveis de sódio no organismo.
Para gestantes, o ácido fólico encontrado no quiabo é crucial para o desenvolvimento saudável do feto. A vitamina K, por sua vez, é essencial para a saúde óssea, tornando o quiabo um aliado importante na dieta diária.
Como o quiabo é utilizado na culinária brasileira?
Na culinária brasileira, o quiabo é um ingrediente versátil e saboroso, presente em pratos tradicionais como o frango com quiabo, típico de Minas Gerais, e o caruru baiano, que combina camarão e quiabo.
Este vegetal pode ser utilizado como acompanhamento de carnes, em saladas ou refogados, trazendo um toque especial a qualquer refeição.
O quiabo também é o protagonista do famoso Gumbo, um prato da culinária Cajun da Louisiana, nos Estados Unidos.
Esta sopa espessa, que mistura carnes ou mariscos com arroz, tem suas raízes na cozinha africana e é um exemplo de como o quiabo transcendeu fronteiras, tornando-se um símbolo de herança cultural e resistência.