Síndrome de lobisomem: remédio pode fazer crianças nascerem peludas

Diante dos tratamentos contra calvície, que se tornaram ainda mais populares nos últimos anos, um desses medicamentos vem chamando a atenção dos órgãos de saúde europeus, tanto que precisaram emitir um alerta e alterar a bula para evitar que bebês tenham contato direto com esse remédio. Conhecido como Minoxidil, ele é vendido normalmente nos países da Europa, mas acidentalmente gerou alguns problemas em bebês.

Após os relatos, o Centro de Farmacovigilância de Navarra, na Espanha, emitiu um alerta quando descobriram que bebês que convivem com pais usuários do medicamento na versão loção, estavam desenvolvendo hipertricose, um crescimento fora do padrão de pelos no corpo. Por causa disso, os médicos apelidaram a situação de “síndrome do lobisomem”.

Entenda melhor o que é a síndrome do lobisomem na Europa

De acordo com as informações publicadas, cerca de 11 bebês em fase de amamentação apresentaram esse sintoma incomum e a principal tese é que foram expostos acidentalmente ao Minoxidil. Essa exposição pode ter ocorrido através da pele ou até mesmo via oral, quando o encosta a boca na pele do adulto usuário do Minoxidil. 

Diante desses riscos, o Centro de Farmacovigilância alertou que a exposição de bebês ao Minoxidil é grave, ressaltando que não devem permitir que os bebês tenham contato com o medicamento: “O surgimento de hipertricose em crianças pode ser alarmante e levar à realização de numerosos exames laboratoriais e de imagem […], o que pode gerar grande estresse nas famílias dos pacientes”, afirmou em nota. 

Preocupados com a situação, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) alterou a bula do medicamento, para alertar as pessoas dos riscos de exposição. A partir de outubro, pessoas que compram Minoxidil ficam cientes de que precisam lavar as mãos depois do uso, além de evitar o contato de lactantes com as partes do corpo onde foi aplicado o remédio.

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