Unha-de-gato: para que serve e perigos
As espécies Uncaria tomentosa (Willd.) DC. e U. guianensis (Aubl.) Gmel., popularmente conhecidas no Brasil como unha-de-gato, são trepadeiras comuns da floresta Amazônica e em outras áreas tropicais da América do Sul e e Central. Por pelo menos dois mil anos, essas plantas têm sido usadas para fins medicinais por várias tribos indígenas.
“Os índios as consumiam principalmente na forma de chá das cascas do caule ou raízes para os processos degenerativos e inflamatórios, úlceras gástricas e outras disfunções e as mulheres utilizavam o decocto das raízes como contraceptivo”, afirma artigo científico de 2006 publicado na Revista Fitos.
Segundo a Embrapa, estudos da composição química de partes da unha-de-gato revelam a presença de alcaloides, substâncias que ajudam o corpo a combater inflamações, vírus, úlceras e até tumores, o que explica suas várias aplicações na medicina tradicional. A planta se provou benéfica para o tratamento de:
- Amigdalites;
- Artrite;
- Sinusite;
- Bursite;
- Rinite;
- Problemas digestivos;
- Doenças reumáticas e musculares.
Existem contraindicações para o uso da unha-de-gato?
Pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade a componentes da planta devem evitar remédios baseados nela. A planta também não é indicada em casos de gravidez, lactação ou pacientes transplantados.
Unha-de-gato está em risco de extinção
A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) firmou uma parceria com o Ministério Público do Meio Ambiente, a Arquidiocese de Santarém e a Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) para tentar evitar o desaparecimento da espécie formando um banco de germoplasma.
Esse tipo de banco serve como uma fonte de informações genéticas e pode ser usada por cientistas para desenvolver variedades da unha-de-gato mais resistentes a doenças, pragas e mudanças climáticas, impedindo o desaparecimento da espécie.
Referências
VALENTE, L. M. M.. Unha-de-gato [Uncaria tomentosa (Willd.) DC. e Uncaria guianensis (Aubl.) Gmel.]: Um Panorama Sobre seus Aspectos mais Relevantes. Revista Fitos, [S.l.], v. 2, n. 1, p. 48-58, 2006.
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