Estamos sempre falando de mercados de trabalho saturados, de áreas em que se torna cada vez mais difícil um profissional conseguir se destacar, mas também existe o contrário. Áreas que enfrentam uma escassez cada vez maior de profissionais. Uma função em falta é da de motoristas de caminhão.
Segundo o Relatório Executivo do Plano Nacional de Logística 2025, cerca de 65% das cargas movimentadas no Brasil são através do transporte rodoviário. Por isso, a escassez de motoristas pode prejudicar seriamente a economia brasileira.
O IPTC (Instituto Paulista do Transporte de Cargas) analisou dados coletados pelo Caged e revelou que o número de motoristas habilitados para conduzir caminhões teve uma redução aproximada de 22% entre 2015 e 2023. Em São Paulo, a redução foi ainda mais significativa: 37%.
“Essa queda progressiva sugere possíveis mudanças no setor de transporte rodoviário de cargas, como a adoção de tecnologias de automação e logística mais eficientes, bem como mudanças nas demandas do mercado e nas políticas de transporte”, afirma o levantamento, segundo o ND+.
“Essa análise ressalta a importância de compreender essas tendências e suas implicações para o setor do transporte de cargas, visando desenvolver estratégias sustentáveis e adaptativas para o futuro”, completa.
Por que motoristas de caminhão estão em falta?
O principal fator que explica a falta desses profissionais é que as condições de trabalho são insatisfatórias, gerando um alto nível de desgaste físico e estresse, além de ter uma baixa remuneração. A jornada de trabalho é extremamente longa, os prazos são muito apertados e as estradas são inseguras.
Os horários ainda dificultam que os motoristas adotem hábitos de vida saudáveis, como uma rotina de exercícios e uma alimentação equilibrada. Pesquisas com trabalhadores da área revelaram algumas doenças muito comuns entre os motoristas, como sobrepeso, hipertensão arterial, colesterol alto e sedentarismo.
Fonte: ND+, g1 e Portal O Carreteiro.
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