Uma das coisas mais fascinantes da natureza é a capacidade dos animais de mudarem de cor, quando percebem que estão correndo algum risco. Entre eles, estão os polvos, conhecidos como mestres da camuflagem, por serem capazes de mudar de cor e textura em questão de segundos. Essa habilidade incrível é resultado de uma combinação de fatores biológicos e fisiológicos.
Ele é capaz de fazer essa alteração por causa das células especializadas chamadas cromatóforos. Essas células contêm pigmentos de diferentes cores (vermelho, amarelo, marrom e preto) e são controladas por músculos. Frequentemente, a ciência segue descobrindo novas informações e um estudo revelou que para mudar de cor, os polvos precisam gastar uma grande quantidade de energia, sendo o equivalente a uma corrida de 25 minutos para um ser humano.
Como os polvos mudam de cor e o gasto de energia a camuflagem
O estudo foi publicado pela revista PNAS, que estimou a quantidade de oxigênio consumido pelos polvos, durante os seus movimentos quando contraem os cromatóforos, células especializadas que armazenam e sintetizam pigmentos. Após analisarem essas ações, foi detectado que um polvo consome cerca de 219 micromoles de oxigênio por hora, mostrando que é o mesmo mesmo gasto calórico de suas funções corporais em repouso. Em um comparativo ao corpo humano, isso seria 390 calorias extras por dia — equivalente a uma corrida de cerca de 25 minutos.
Quando o polvo recebe um sinal nervoso, os músculos ligados aos cromatóforos se contraem ou relaxam, expandindo ou contraindo as bolsas de pigmento. Ao se expandir, os cromatóforos liberam mais pigmento, alterando a cor da pele do polvo. E quando se contrai, os pigmentos ficam mais concentrados e a cor se torna mais pálida.
Ao combinar diferentes cores e intensidades de pigmento, o polvo pode criar uma infinidade de padrões e tonalidades, permitindo que se misture perfeitamente ao ambiente.