Nas últimas semanas, um assunto se popularizou e dominou as redes sociais a respeito de um leilão curioso de uma banana. Essa fruta se tornou uma obra de arte e foi exposta com uma fita adesiva, surpreendendo o mercado de arte nova-iorquino. O autor foi conceitual italiano Maurizio Cattelan e foi intitulada como Comediante, sendo vendida por US$ 6,2 milhões (equivalente a R$ 35,7 milhões na cotação atual), durante um leilão na Sotheby’s.
Quem comprou a obra nada convencional foi Justin Sun, empresário sino-americano e fundador da plataforma de criptomoedas Tron. Diante da repercussão, foi descoberto quem foi o responsável por vender a fruta e seu nome é Shah Alam, que trabalha em uma barraca de hortifruti no Upper East Side de Manhattan. Diariamente, ele vende dezenas de bandas por 35 centavos cada, ou quatro por um dólar.
Como uma banana se tornou item de luxo
Shah Alam descobriu alguns dias depois sobre a repercussão do leilão, quando estava trabalhando em um dia chuvoso e ouviu um repórter falando sobre o valor que a obra de arte foi vendida. Ao saber o leilão milionário, Alam começou a chorar e disse: “Eu sou um homem pobre”, disse, com a voz embargada. “Nunca tive esse tipo de dinheiro; nunca vi esse tipo de dinheiro.”
De acordo com as informações, o artista Maurizio Cattelan não recebeu o dinheiro, mas afirmou que ficou feliz com o resultado: “Honestamente, me sinto fantástico”, escreveu o Cattelan por email. “O leilão transformou o que começou como uma declaração em Basel em um espetáculo global ainda mais absurdo.” Ele acrescentou: “Dessa forma, a obra se torna auto reflexiva: quanto maior o preço, mais ela reforça seu conceito original.”